terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Vocação ao Serviço



MENSAGEM DO DO PAPA JOÃO PAULO II
PARA O XL DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO
PELAS VOCAÇÕES
IV Domingo de Páscoa
11 de Maio de 2003
Tema: A Vocação ao Serviço 
Venerados irmãos no Episcopado
Caríssimos Irmãos e Irmãs de todo o mundo!
1. “Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu Amado, em quem minha alma se compraz” (Mt12,18, cfr Is 42,1-4).
O tema da Mensagem deste 40º Dia Mundial de oração pelas vocações convida-nos a voltar às raízes da vocação cristã, à história do primeiro chamado pelo Pai, o seu Filho Jesus. Ele é “o servo” do Pai, profeticamente anunciado como aquele que o Pai escolheu e formou desde o seio materno (cfr Is 49,1-6), o predilecto que o Pai sustém e de quem se compadece (cfr Is42,1-9), no qual depositou o seu espírito e a quem transmitiu a sua força (cfr Is 49,5) e a quem exaltará (cfr Is 52,13-53,12).
Aparece, imediatamente manifesto, o radical sentido positivo, que o texto inspirado dá ao termo “servo”. Enquanto que, na actual cultura, aquele que serve é considerado inferior, na história sagrada o servo é aquele que é chamado por Deus a cumprir um particular acto de salvação e redenção, aquele que sabe ter recebido tudo aquilo que é e possui e, sente-se, então, também chamado a colocar ao serviço dos outros quanto recebeu.
O serviço na Bíblia está sempre ligado a um chamamento específico que vem de Deus, e precisamente por isso, representa o máximo cumprimento da dignidade da criatura ou aquilo que evoca toda a dimensão misteriosa e transcendente. Assim aconteceu também na vida de Jesus, o Servo fiel, chamado a cumprir a obra universal da redenção.
2. “Como um cordeiro conduzido ao matadouro…” (Is 53,7).
Na Sagrada Escritura existe uma forte e evidente relação entre o serviço e a redenção, assim como entre serviço e sofrimento, entre Servo e Cordeiro de Deus. O Messias é o Servo sofredor que carrega sobre os ombros o peso do pecado humano, é o Cordeiro “conduzido ao matadouro” (Is 53,7) para pagar o preço das culpas cometidas pela humanidade e prestar, deste modo, o serviço de que ela mais precisa. O Servo é o Cordeiro que “foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca” (Is 53,7), mostrando, assim, uma extraordinária força: aquela de não reagir ao mal com o mal, mas de responder ao mal com o bem.
É a mansa determinação do servo, que encontra em Deus a sua força e por Ele, exactamente por isto, se torna “luz das nações” e operador de salvação (cfr Is 49,5-6). A vocação ao serviço é sempre, misteriosamente, vocação a tomar parte de modo muito pessoal, também árduo e sofrido, no ministério da salvação.
3. “…o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28).
Jesus é, verdadeiramente, o modelo perfeito do “servo” de que fala a Escritura. Ele é aquele que se esvaziou, radicalmente, de si mesmo, para assumir “a condição de servo” (Fil 2,7), e dedicar-se, totalmente, às coisas do Pai (cfr Lc 2,49), qual Filho predilecto em quem o Pai se compraz (cfr Mt 17,5). Jesus não veio para ser servido, “mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,28); lavou os pés dos seus discípulos e obedeceu ao projecto do Pai até à morte e morte de cruz (cfr Fil 2,8). Por isso o Pai o exaltou e lhe deu um nome novo e fê-lo Senhor do céu e da terra (cfr Fil 2,9-11).
Como não ler na vida do “servo Jesus” a história da cada vocação, aquela história pensada pelo Criador para todo o ser humano, história que inevitavelmente passa através do chamamento a servir e culmina na descoberta do nome novo, pensado por Deus, para cada um? Em tal “nome” cada um pode alcançar a própria identidade, orientando-se para uma realização de si mesmo que o tornará livre e feliz. Como não ler, em particular, na parábola do Filho, Servo e Senhor, a história vocacional de quem é chamado por Ele a segui-lo mais de perto, isto é, a ser servo no ministério sacerdotal ou na consagração religiosa? Com efeito, a vocação sacerdotal ou religiosa é sempre, por sua natureza, vocação ao serviço generoso a Deus e ao próximo.
O serviço torna-se, então, caminho e mediação preciosa para se poder compreender melhor a própria vocação. A diakonia é verdadeiro e próprio itinerário pastoral vocacional (cfr Novas vocações para uma nova Europa, 27c).
4. “Onde estou eu, aí também estará o meu servo” (Jo 12,26).
Jesus, o Servo e o Senhor, é também aquele que chama. Chama a ser como Ele, porque só no serviço, o ser humano descobre a dignidade própria e a dos outros. Ele chama a servir como Ele serviu: quando as relações interpessoais são inspiradas no serviço recíproco, cria-se um mundo novo, e neste desenvolve-se uma autêntica cultura vocacional.
Com esta mensagem queria, quase, emprestar a voz a Jesus, para propor a tantos jovens o ideal do serviço, e ajudá-los a superar as tentações do individualismo e a ilusão de buscar, deste modo, a felicidade. Apesar de certos impulsos contrários, todavia presentes na mentalidade hodierna, existe no coração de muitos jovens uma natural disposição para se abrir ao outro, especialmente ao mais necessitado. Isto torna-os generosos, capazes de empatia, dispostos a esquecer-se de si mesmos para antepor o outro aos próprios interesses.
Servir, caros jovens, é vocação natural, porque o ser humano é naturalmente servo, não sendo dono da própria vida e sendo, por sua vez, necessitado de tantos serviços dos outros. Servir é manifestação de liberdade face à invasão do próprio eu e de responsabilidade em relação ao outro; e servir é possível a todos, através de gestos aparentemente pequenos, mas, de facto, grandes, se animados pelo amor sincero. O verdadeiro servo é humilde, consciente de ser “inútil” (cfr Lc 17,10), não procura proveitos egoístas, mas gasta-se pelos outros, experimentando no dom de si a alegria da gratuidade.
Espero, caros jovens, que saibais escutar a voz de Deus que vos chama ao serviço. É esta a estrada que abre para tantas formas de ministerialidade em favor da comunidade: do ministério ordenado aos outros ministérios instituídos e reconhecidos: a catequese, a animação litúrgica, a educação dos jovens, as várias expressões da caridade (cfr Novo millennio ineunte, 46). Recordei, na conclusão do Grande Jubileu, que esta é “a hora de uma nova ‘fantasia’ da caridade” (ibidem, 50). Compete a vós jovens, de modo particular, fazer com que a caridade se exprima em toda a sua riqueza espiritual e apostólica.
5. “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35).
Assim Jesus disse ao Doze, surpreendidos a discutir entre si “sobre qual era o maior” (Mc 9,34). É a tentação de sempre, que não poupa sequer quem é chamado a presidir à Eucaristia, o sacramento do amor supremo do “Servo sofredor”. Quem exerce este serviço, na realidade, é ainda mais radicalmente chamado a ser servo. Ele é chamado, com efeito, a agir “in persona Christi”, e, por isso, a reviver a mesma condição de Jesus na Última Ceia, assumindo a mesma disponibilidade para amar até ao fim, até dar a vida. Presidir à Ceia do Senhor é, portanto, convite premente para se oferecer em dom, a fim de que permaneça e cresça na Igreja a atitude do Servo sofredor e Senhor.
Caros jovens, cultivai a atracção pelos valores e pelas escolhas radicais que fazem da existência um serviço aos outros, sob as pegadas de Jesus, o Cordeiro de Deus. Não vos deixeis seduzir pelas chamadas do poder e da ambição pessoal. O ideal sacerdotal deve ser constantemente purificado destas e de outras perigosas ambiguidades.
Ressoa, ainda hoje, o apelo do Senhor Jesus: “Se alguém quer servir-me, siga-me” (Jo 12,26). Não tenhais medo de o acolher. Encontrareis, seguramente, dificuldades e sacrifícios, mas sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar. Sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno; conhecereis as riquezas espirituais do sacerdócio, dom e mistério divino.
6. Como outras vezes, também nesta circunstância, ergamos o olhar para Maria, Mãe da Igreja e Estrela da nova evangelização. Invoquemo-la com confiança, para que não faltem na Igreja pessoas prontas a responder generosamente ao apelo do Senhor, que chama a um mais directo serviço do Evangelho:
“Maria, humilde serva do Altíssimo,o Filho que geraste, tornou-te serva da humanidade.
A tua vida foi serviço humilde e generoso:
Foste serva da Palavra quando o Anjo
Te anunciou o projecto divino da salvação.
Foste serva do Filho, dando-lhe a vida
e permanecendo aberta ao seu mistério.
Foste serva da Redenção, 
‘estando’ corajosamente aos pés da Cruz, 
ao lado do Servo e Cordeiro sofredor,
que se imolava por nosso amor. 
Foste serva da Igreja no dia de Pentecostes 
e com tua intercessão continuas a gerá-la em cada crente, 
também nestes nossos tempos difíceis e angustiosos. 
A Ti, jovem filha de Israel, 
que conheceste a inquietação do coração juvenil 
diante da proposta do Eterno, 
olha com confiança os jovens do terceiro milénio. 
Torna-os capazes de acolher o convite de teu Filho 
a fazer da vida um dom total para a glória de Deus. 
Fá-los compreender, que servir a Deus, sacia o coração, 
e que só no serviço de Deus e do seu reino, 
realizam-se segundo o divino projecto, 
e a vida se transforma num hino de glória à Santíssima Trindade. 
Amen.”
Vaticano, 16 de Outubro de 2002
PAPA JOÃO PAULO II

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Do Homem


A Humanidade
“O que é porém o homem? Ele emitiu e ainda emite muitas opiniões a respeito de si mesmo, variadas e contrarias entre si. Numas muitas vezes se exalta como norma absoluta. Noutras deprime-se até o desespero.” (Gaudium et Spes; Const. Past. n. 12)
As Sagradas Escrituras revelam que “Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança’. E Deus criou o homem; à imagem de Deus ele o criou; homem e mulher. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom.” (Gn 1,26-27,31). Embora não se pense o bastante no ser humano, percebe-se a sua grandeza e a sua pequenez nestas passagens da Escritura. O homem embora feito do pó da terra recebe do amor de Deus, a graça de ser criado à sua imagem e semelhança, de ser feito “um pouco inferior a um ser divino, e coroado de glória e honra” (Sl 8, 6). Esta é a sua grandeza ser imagem de Deus, ser o visível do invisível. Mas apesar de ter sido feito semelhante a Ele continua sendo uma de suas criaturas, é ainda pó e disto não pode esquecer “por isto lembra-te que és pó e ao pó ás de voltar” (Gn  3,19). No fim de sua criação Deus afirma que tudo “que criou era muito bom” (Gn 1,31), de fato as criaturas são belas e boas, mas “porque Ele é belo, elas são belas; porque Ele é bom, elas são boas; porque Ele existe, elas existem. Não são tão formosas, nem tão boas, nem existem do mesmo modo que, seu Criador. Comparados, nem são belas nem são boas nem existem.” (Agostinho de Hipona; Confissões, Livro, XI; cap. IV)

O homem é o tesouro de Deus, pois, para ele criou tudo, “para que ele domine os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.” (Gn 1, 26) deu-lhe consciência, inteligência, emoções. Deus o criou não por interesse, mas por que devido ser Ele o puro amor, (Deus é amor- 1Jo 4,8) o fez para amá-lo e ser amado, e o “amou tanto afim de dar seu filho único” (Jo 3,16) para redimi-lo do terrível pecado. É por conta desta preferência de Deus pelo o homem que podemos nos indagar: “O que o é homem, para que te lembres dele, e o ser humano, para que dele te ocupes?”(Sl 8, 4)“Ele é a grande e admirável figura viva, mais precioso aos olhos de Deus do que toda a criação: é para ele que existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da criação, e é a salvação dele que Deus atribuiu tanta importância que nem sequer poupou seu Filho único em seu favor. Pois Deus não cessou de tudo empreender para fazer o homem subir até ele e fazê-lo sentar-se à sua direita” (Catecismo da Igreja Católica; §358)
O Pecado
O relato do livro do Genesis nos mostra a desobediência do primeiro casal, quando este ouvindo a voz da serpente comeu o fruto da arvore a qual Deus lhe tinha proibido comer, fazendo com que a desgraça do pecado e da morte entrasse no mundo, porquetendo voltado da contemplação de Deus para o mal que eles próprios inventaram, caíram inevitavelmente sob a lei da morte. Em vez de permanecerem no estado em que Deus os havia criado, entraram em um  processo  de  uma  completa  degeneração e  a morte  os  tomou  inteiramente  sob  o  seu  domínio” (Atanásio; A criação e a queda). E por esta desobediência toda a humanidade foi afetada, tornando-se pecadora. Mas “de que maneira o pecado de Adão se tornou o pecado de todos os seus descendentes? O gênero humano inteiro é em Adão como um só corpo de um só homem.”( Catecismo da Igreja Católica, §40) “Neste pecado, o homem preferiu a si mesmo a Deus, e com isso menosprezou a Deus: optou por si mesmo contra Deus, contrariando as exigências de seu estado de criatura e consequentemente de seu próprio bem. Constituído em um estado de santidade, o homem estava destinado a ser ‘divinizado’ por Deus na glória. Pela sedução do diabo, quis ser como Deus (Gn 3,5), mas sem Deus, e antepondo-se a Deus, e não segundo Deus.”( Máximo, confessor; Ambiguorum liber., PG 91, 115bC; §398) Uma criança que sofre um corte profundo, e por toda a sua vida carrega a cicatriz daquele triste fato, assim, o primeiro o homem pecou, e toda a humanidade traz em si esta terrível cicatriz. Por isso “o pecado diminuiu o próprio homem impedindo-o de conseguir a plenitude.”(Gaudium et Spes; Const. Past. n. 13)
Esta tentação de quere ser como Deus o homem carregou por toda a sua historia, de fato “a tentação de substituir-se a Deus como decisão autônoma que prescinde das leis morais e leva o homem moderno ao risco de reduzir a terra a um deserto, a pessoa a um autômato, a convivência humana a uma coletivização planificada, introduzindo não raro a morte lá onde Deus quer vida.” (Radio mensagem, João Paulo I; 27/08/1978 )
“A realidade do pecado só se entende à luz da revelação divina. Somos tentados a explica-lo unicamente como uma falta de crescimento, como uma fraqueza psicológica, um erro etc. Somente à luz do desígnio de Deus sobre o homem compreende-se que o pecado é um abuso da liberdade que Deus dá às pessoas criadas para que possam amá-lo e amar-se mutuamente”(Catecismo da Igreja Católica, §386), “somente tendo como fundo a relação instaurada com Deus mediante a fé torna-se compreensível a realidade do pecado. À luz dessa relação podemos, pois, desenvolver e aprofundar esta compreensão. Não se pode apresentar a verdade sobre o pecado original a não ser voltando ao ‘princípio’. Em certo sentido também o pecado atual, se torna plenamente compreensível em referencia a esse pecado do primeiro homem” (João Paulo II Pp, catequese de 29/10/1986, n. 2).
O fato é que, “o pecado não existe nele mesmo. O que existem são pessoas pecadoras, que alimentam estruturas de pecado. Ele não se confunde com simples atos; mas aponta mais para atitudes que desumanizam a si próprio e aos outros. Desvirtuando as aspirações mais profundas dos seres humanos.” (Frei Antônio Moser, OFM)
A realidade do pecado foi adquirido pela escolha do homem, da sua escolha errada, dado que, “no princípio, Deus criou o gênero humano racional, capaz de escolher a verdade e praticar o  bem, de modo que não existe homem que tenha desculpa diante de Deus, pois todos foram  criados  racionais  e  capazes  de  contemplar  a  verdade”. (Justino; Apologia; n. 28)
Dignidade e valor de sua vida
“Por ser imagem de Deus, o individuo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é alguma coisa, mas alguém” (Catecismo da Igreja Católica; §357) “A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador.” (Gaudium et Spes; Const. Past. n. 19), e este dialogo estreita-se de forma incrível quando o homem, reconhecendo a Cristo, percebe que pelo divino Filho recebeu a filiação divina, e que seu fim não é este mundo; porém “no mundo moderno há tendência para reduzir o homem unicamente à dimensão horizontal”(João Paulo II, Redemptoris Missio, Carta enc. n.8), por conta disto esquece-se que “o homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muita para além de sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus.” (João Paulo II, Evangelium Vitae. Carta enc. n. 2)
“O dom da vida que Deus Criador e Pai confiou ao homem, exige que este tome consciência do seu valor inestimável e assuma a responsabilidade do mesmo.” (Instrução sobre o respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação; Congregação para doutrina da fé, 22/02/1987, n. 1). “Ela é confiada ao homem como um tesouro que não pode depreciar, como um talento que há-de pôr a render. Dela terá de prestar contas ao seu Senhor.” (João Paulo II, Evangelium Vitae. Carta enc. n.52). “Desde o momento da concepção, a vida de todo ser humano deve ser respeitada de modo absoluto, porque o homem é, na terra, a única criatura que Deus ‘quis em si mesma’, e a alma espiritual de cada um dos homens é ‘imediatamente criada’ por Deus; todo o seu ser traz a imagem do Criador.”(Instr. sobre o respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação; Congr. para doutrina da fé, 22/02/1987,n. 5)
 “A cultura atual tende a propor estilos de ser e viver contrários à natureza e dignidade do ser humano. O impacto dominante dos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero se transformaram, acima do valor da pessoa, em norma máxima de funcionamento e em critério decisivo na organização social. Diante dessa realidade, anunciamos, uma vez mais, o valor supremo de cada homem e de cada mulher. Na verdade, o Criador, ao colocar a serviço do ser humano tudo o que foi criado, manifesta a dignidade da pessoa humana e convida a respeitá-la (cf. Gn 1,26-30).” (Documento de Aparecida. §387) já que “a vida humana é sagrada por que desde o seu inicio comporta ‘a ação criadora de Deus’ e permanece para sempre em uma relação especial com o Criador seu único fim.”(Instrução sobre o respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação; Congregação para doutrina da fé, 22/02/1987, n. 5).
“A vida humana atravessa situações de grande fragilidade, quer ao entrar no mundo, quer quando sai do tempo para ir ancorar-se na eternidade. Na Palavra de Deus, encontramos numerosos apelos ao cuidado e respeito pela vida, sobretudo quando esta aparece ameaçada pela doença e pela velhice.” (João Paulo II, Evangelium Vitae. Carta enc. n.44). E é por conta desta mesma Sacra Escritura que se é chamado, não somente a pensar ou contemplar a vida humana, mas respeitá-la, defende-la e tomar consciência de sua inviolabilidade e alta dignidade perante o mundo e o próprio Deus criador.




Por Bruno Rodrigues de Sales

sábado, 8 de agosto de 2015

Seminário Diocesano realizará Encontro Vocacional

O mês de agosto é dedicado as vocações,e o seminároio diocesano São José realizará entre os dias 28 e 30 mais um encontro vocacional para jovens.

A formação neste ano de 2015 tem como tema: "Vocação um chamado para servir" e será assessorado pelo reitor do seminário propedêutico Pe. Amauri e por atuais seminaristas.

O encontro tem por finalidade despertar na juventude diocesana o anseio de seguir a Cristo e sua igreja. O local do encontro será o centro de treinamento de lideranças, na rua Augusto dos Anjos, ao lado da igreja de Santo Antônio. Para maiores informações os que desejarem participar devem entrar em contato com o Padre de sua Comunidade.

Mais infomarções
Fone: 3421-2558


Assessoria de comunicação do seminário propedêutico

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Seminário Propedêutico São José tem novo reitor

Novo Reitor e Bispo Diocesano com os Seminarista do Propedêutico
       Na manhã do dia 23 de Julho, foi apresentado na reunião com todos os seminaristas da Diocese o novo  reitor do seminário propedêutico São José, o Padre Amauri Rodrigues que com muito amor e doação aceitou o chamado a cuidar e a zelar pelas vocações como reitor. Dom Eraldo depositou toda sua confiança no novo reitor, lembrando da fidelidade à Igreja e ao Bispo que tal cargo exige, Ele também agradeceu o empenho do Padre Leonardo Henrique  pelos  anos que esteve à frente do Seminário como reitor.
   
Todos os Seminaristas da Diocese de Patos
(Propedêutico, Filosofia e Teologia)
         


sábado, 16 de maio de 2015

MAIO, MÊS DE MARIA E MÊS DAS MÃES

Este é um mês especial! Mês das Mães.
As Mães que Deus escolheu para nos gerar, criar, educar, proteger e amar. Não foi por mero acaso.
É o Mês de MARIA, a Mãe de Jesus .
Maria, através de seu semblante deixa transparecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a Mãe do Puro Amor.
Maria é promessa e esperança, é ternura e solidariedade, é bondade e amor. É o veículo direto que nos comunica com Seu Filho. É nossa intercessora.
A ela, confiamos nossas fraquezas, nossos sofrimentos, nossas limitações. Maria é nosso Socorro!
O colo de Maria é maternal. Nele, encontramos abrigo e consolo. Ela nos conforta, nos acalenta. A presença da Virgem Maria em nossas vidas é real. Maria nos guia a cada momento. É mãe cuidadosa e amorosa com seus filhos. Assim, também, devemos ser com nossos filhos, semelhantes à Maria. Tratá-los com carinho sob nossa orientação e cuidados, mesmo que tenhamos que nos esforçar em certas ocasiões.
Devemos ser fiéis à Mãe de Deus, oferecendo nossas orações, aflições, angústias e tendo-a em lugar especial e respeitoso em nossas vidas.
Ela, não se esquece de nós. Precisamos ser Mães como Maria, acalentando nossos filhos, educando-os e amando-os, dentro dos princípios morais, éticos e religiosos. Sejamos mães comprometidas com nossos filhos, até as últimas conseqüências. Isso, alegrará o Coração de Maria.
Maria supervisiona nossa maternidade. Ela é Mãe Celeste das Mães.
Ela nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado.
Com Maria firmamos nosso elo de união com Jesus Cristo seu FILHO.
O profundo mistério de ser Mãe de Deus a coloca numa posição privilegiada na história da salvação, elevando-a acima de todas as criaturas. Porém, não podemos esquecer que sua vida foi de ser humano normal semelhante à nossa, com as devidas diferenças da época.
Mas, as preocupações, sofrimentos, trabalhos, exatamente, como nós.
Estamos acostumados a vê-la nos altares, merecidamente, envolta em vestes douradas, mãos postas, glorificada.
Mas... Nos esforcemos para também vê-la de avental, cozinhando e lavando como nós.
Nossa relação com Nossa Senhora é uma relação de infinita igualdade e ao mesmo tempo de grandezas diferentes.
E o SIM de Maria? É o SIM do verdadeiro e Santo Amor.
Queremos pedir um pouco da sua coragem, para darmos o “SIM” necessário à realização do Plano de Deus em nós.
O Sim da Virgem Maria a coloca em plena disponibilidade ao Criador. Sem pensar nas conseqüências, faz a sua entrega, entrega total de prova de amor.
Maria foi o maior exemplo de fé, de certeza, fidelidade ao Pai.
Renuncia sua própria vida de jovem comum e assume o principal papel na História Universal, o de Mãe de Deus.
Sejamos como Maria, Mães amáveis, mães responsáveis, mães em regime integral.
O nosso culto à Virgem Santíssima, Mãe de Deus, Rainha de Todos os Anjos e Santos é de SUMA VENERAÇÃO.
A Igreja estabeleceu duas Festas de preceito e honra à Virgem Maria.
A Festa da Imaculada Conceição no dia oito de dezembro e a Festa da Assunção de Maria em quinze de Agosto.
As demais festas celebram os Privilégios de Maria. E são muitas, pois ela tem muitos títulos.
No segundo domingo do mês de maio, comemoramos o Dia da Mãe, que na verdade, é todo dia. Mãe não tem férias, assim como não tiramos férias de Deus. A Mãe exerce sua maternidade até o fim. 
São Bernardo, devoto mariano, dizia que o Coração de Maria Santíssima é como um quadro onde estão pintados todos os atrozes sofrimentos de seu Filho. Para conhecê-los, não é preciso fitar a cruz, basta observar o coração da Mãe Dolorosa.Os espinhos que ferem a cabeça de Jesus, os pregos que transpassam os pés, as mãos, as feridas que lhe cobrem os ombros, os insultos, as angustias, tudo isso está visivelmente esculpido no coração da Santíssima Virgem.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

A formação do Jovem discípulo

A vocação e o compromisso de ser discípulo missionário de Jesus, hoje em dia, implicam em se dispor à capacitação. O discipulado ao Nazareno requer clara opção pela formação e deve ocorrer em todas as dimensões que compõe o ser humano. " Com Ele podemos desenvolver as potencialidades que há nas pessoas e formar discípulos missionários (DAp276). Os caminhos da formação do jovem missionário têm o convite pessoal de Jesus como seu primeiro passo. 

Esse convite feitor pela a comunidade é um chamado ao amadurecimento na missão do próprio filho de Deus. Por sua vez, além de exigir uma respostar radical - sim ou não - também demanda dedicação e empenho. O itinerário  que devemos percorrer e todo o processo de formação do jovem missionário têm como missão nos ajudar a encontrar sempre com Jesus e, assim, o reconhecer no irmão. Acolhê-lo principalmente nos pobres e anunciá-lo em todas as realidades (Cf. DAp. 279).

A espiritualidade libertadora e profética a que somos chamados a alimentar faz, da vida, a morada do sagrado. A partir da sensibilidade de ao Espirito Santo, a juventude que é missionária, tem como urgência fazer brotar a semente do Verbo nas periferias geográficas ou existenciais, como nos lembra o papa Francisco. Para isso, a nossa formação deve abranger diversas dimensões, as quais se integram harmonicamente ao longo do tecer dos fios que formam a teia de uma nova solidariedade que está "à altura da vida nova em Cristo" (DAp 281). Essa teia é tecida com os fios das dimensões humanas, comunitárias, espirituais, intelectuais e pastorais e tem como agulha de tear a dimensão missionária (Cf. DAp 280). 


(Revista Sim POM)
vocação e missão da igreja na sociedade

  

sábado, 25 de abril de 2015

Seminário São José realizar o primeiro encontro vocacional Mensal do Ano


     Na manhã de hoje dia 25/04 aconteceu o primeiro encontro vocacional mensal com a presença de 17 Vocacionados de diversas paróquias de nossa Diocese. O primeiro momento iniciou-se com a Oração e logo em seguida com à palavra do Reitor Padre Leonardo, dando às boas vindas a todos e falou da Alegria que estava sentindo com a presença de grande numero dos jovens. Cada um se apresentou dizendo de onde é; o segundo momento foi a Dinâmica que o Seminarista Junior  fez no sentido do Serviço de lavar as mãos um dos outros e seguiu com o Filme da Bem-Aventurada Irmã Dulce; Anjo bom da Bahia.
     Para encerrar o encontro teve a partilha do Filme onde cada um pode contar o que mais o chamou atenção e tocou; e um breve momento de Oração.


   

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Misericórdia Divina


Padre o Papa Francisco abrirá o ano extraordinário da misericórdia, no dia 8 de Dezembro de 2015 na Solenidade da Imaculada Conceição, onde diz o Papa  que essa festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história.
      Jesus cristo, é o rosto da Misericórdia do pai.Ele não apenas ensinou a nós os pontos fundamentais da confiança da Misericórdia para com os outros, mas também revelou maneiras especiais para vivenciar as respostas a sua Misericórdia .A isso somos chamados a devoção da Divina Misericórdia, e que essa palavra ''Devoção''que significa o cumprimento das nossas promessas, seja uma entrega da vida ao senhor que e a própia Misericórdia entregando a vida ao próprio Jesus Cristo e pessoa, se tornando instrumento da sua Misericórdia para com os outros assim
podendo vivenciar o mandamento Bíblico.
        ''Sede Misericordiosos como também vosso pai e Misericordioso'' (Lc.6:36).
        Misericórdia e a virtude que leva a compaixão pelos semelhantes,e a junção de duas palavras em latim Miseratum(compaixão) e Cordis(coração).Assim poder-se-ia entender literalmente Misericórdia como ''Coração Compadecido''.
       Em uma encíclica do Sumo Pontífice São João Paulo II sobre a Divina Misericórdia a carta  ''Dives in Misericórdia''aprendi um  grande enriquecimento para a vida cristã.A misericórdia de Deus em toda a sua missão em continuidade com a Tradição da Antiga e Nova Aliança e sobre tudo no seguimento do próprio Cristo e do seus apóstolos.A igreja deve dar testemunho da Misericórdia de Deus revelada em cristo ao longo de toda a sua missão de messias.


             por isso a Igreja deve considerar como um dos seus principais deveres em todas as fases da história,mas especialmente na época contemporânea o dever de proclamar e introduzir na vida o Mistério da Misericórdia, revelado no seu grau mais elevado em Jesus cristo.''Onde é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro é a Lei fundamental que mora no coração de cada pessoa,quando vê com os olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem,porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre,apesar da limitação do nosso pecado.''


   
A Divina Misericórdia. É uma devoção religiosa católica de origem Polonesa,e cuja divulgação se deve a Santa Faustina de Kowalska.Em seu Diário a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus através de aparições,para que desse a conhecer ao mundo a sua misericórdia.O processo de Beatificação desta religiosa iniciou por iniciativa do então,São João Paulo II.Mais tarde, a devoção a Divina Misericórdia foi reforçada pelo os apelos feito por Jesus a irmã Faustina hoje umas das grandes Santa protetora das das almas necessitadas de misericórdia.


Artigo- Sem. Genilson Silva
2 ano Seminário Propedêutico

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nossa Diocese de Patos participará de Programa da Rede Vida

Na Noite dessa Segunda-Feira, (20) a Diocese de Patos-PB participará a partir das 21:30hs do Programa TRIBUNA INDEPENDENTE na REDE VIDA de Televisão.

O Nosso Bispo Diocesano Dom Eraldo estará Participando desse momento de entrevista; ele que está na 53º Assembleia da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, que vai do dia 15 à 24 em Aparecida.
Rezemos em comunhão com todos os bispos do Brasil para que o Senhor possa enviar o seu Espírito Santo sobre eles e ilumine suas ações.






terça-feira, 10 de março de 2015

O que é a QUARESMA?

          



A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
           A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esfoço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
           A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
           Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.
           Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.

40 dias
           A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.
           Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.
           A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.




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